Isabella Rosa de Oliveira
Psicopedagoga Clínica e Institucional
A forma como cada sujeito aprende está calcada nas suas vivencias primarias, na suas primeiras interações com o mundo e os estímulos que recebeu nas fases de sua vida.
Pensar nos processos de aprendizagem, nos faz refletir sobre as demandas que levam o sujeito a sofrer com as dificuldades na aprendizagem, como: concentração, cálculo, lógica matemática, apatia, motricidade, leitura, escrita, organização, memorização, déficit de atenção e hiperatividade TDAH, estima, potencial criativo, entre outros. Estas são intrinsecamente interligadas ao ser humano e suas relações com a cultura que o cerca e seus fatores físicos-intelectuais.
O diagnóstico clínico é um processo de investigação no qual o psicopedagogo no papel de observador pretende obter informações que possam apontar para o motivo da dificuldade de aprendizagem. Quando o diagnóstico é realizado com crianças a forma de abordagem é feita através do lúdico utilizando jogos, histórias, desenhos, material artístico como tinta tempera, argila, massa de modelar e outras ferramentas que fazem relação com as vivencias infantis. No trabalho com adultos o psicopedagogo precisa considerar, além de que o sujeito está no período formal, portanto é plenamente capaz de se auxiliar da linguagem, “conduzindo” sua própria dinâmica terapêutica e por vezes fazendo uso de algum material simbólico, mas que seja relacionado a sua cultura.
O profissional da Psicopedagogia precisa contemplar o sujeito em sua totalidade, para compreender o processo de aprendizagem, pois este se dá através da construção do conhecimento e também da construção de si mesmo, como sujeito criativo e pensante, autor e autônomo. Assim, o psicopedagogo em sua prática deve estar atento ao que é importante ao sujeito na sua aprendizagem.